BRASIL| Conselheiro Tutelar é denunciado por assediar adolescente de 17 anos
Jovem de 17 anos afirmou que o conselheiro pediu para um amigo ameaçá-lo de morte. Polícia Civil investiga o caso.
Um conselheiro tutelar, que exerce a função há mais de 20 anos, está sendo investigado por suspeita de assediar um adolescente de 17 anos em Murici, no interior de Alagoas. De acordo com a denúncia, o homem teria feito uma proposta para ter relações sexuais com o jovem em troca de dinheiro, mandando mensagens como "vem 💸💸💸" e "pago bem" (assista ao vídeo)
À TV Gazeta de Alagoas, a Polícia Civil informou que investiga o caso e que no momento não irá se pronunciar.
O adolescente, que teve a identidade preservada, relatou que os casos de assédio começaram na época em que ele estava na escola.
"Ele me encarava, começava a olhar para mim e começava a conversar comigo: 'Oi, meu jovem'. E começava com aqueles papinhos. Assim que eu larguei, cheguei em casa e fui mexer no celular e tinha uma solicitação para segui-lo de de volta. Aí eu 'dei a ideia' e era ele. Quando eu penso que não, ele começou a dar em cima de mim", afirma o rapaz.
Após negar as propostas de R$ 100 e R$ 150 para transar com o conselheiro, o adolescente afirmou que o homem teria pedido a um amigo para ameaçá-lo de morte, justificando que ele era um "aluno rebelde".
"[Ele ficou] dizendo que se eu não me endireitasse na vida, ele iria me matar. Ia fazer várias coisas, aí eu comecei a ficar nervoso e ele fez 'não precisa ficar nervoso não', aí eu peguei e 'fiquei de boa'. Ele ainda disse 'olhe, quando alguém quer ser maior que o outro, você sabe o que acontece, né?'.
A reportagem do g1 AL tentou entrar em contato com o Conselho Tutelar de Murici, mas as ligações não foram atendidas.
O amigo do conselheiro tutelar encaminhou um áudio para o tio do adolescente negando as ameaças. Na mensagem de voz ele disse que o conselheiro afirmou que as aulas tinham acabado de começar e que o jovem estaria "demais".
A avó do adolescente relatou que assim que soube do fato, procurou a escola e o Conselho Tutelar. "Ele fez 17 anos agora. Ele tem que ficar amedrontado, eu não vou nem forçar ele a ir para a escola. Eu quero justiça", explica.
A família informou registrou um Boletim de Ocorrência e denunciou o caso para o Conselho Tutelar dos Direitos da Crianças e do Adolescente, mas a pessoa que recebeu a denúncia foi o próprio conselheiro que estava sendo denunciado. "Ele riu e disse que tava resolvendo o problema dele".
G1
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