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Paraíso das Águas,25/04/2024

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Professor Nizan Pereira é o primeiro aposentado desde que Paraíso das Águas se tornou independente

Servidor Público Municipal somou 31 anos de serviços prestados.


Professor Nizan Pereira é o primeiro aposentado desde que Paraíso das Águas se tornou independente

O professor Nizan Pereira da Silva, 68 anos, foi o primeiro à se aposentar pelo município de Paraíso das Águas desde sua independência em 2013 [quando se instalou município].

Após somar 31 anos de carteira assinada, finalmente, o servidor público municipal conseguiu efetivar sua aposentadoria.

É ele quem relata sua trajetória profissional:

    "Ingressei na Secretaria  Municipal de Educação em  Porto Rico, Estado do Paraná, no ano de 1964,
como office boy, na Delegacia de Ensino.

    Naquela oportunidade, fui escolhido por ter
os requisitos solicitados para o cargo, que para tal função, entre outras
exigiam um Certificado de Dactilografia. Terminei o Estudo do Ginásio e  como não havia Escola de Segundo Grau, em
Porto Rico, realizamos uma excursão para as praias do sul do país, visitando o
Passeio Público, Cine Vitória e Teatro Glória, na capital, incluindo uma
audiência como o Governador do Estado, Dr Paulo Pimentel. Para esta audiência,
formou-se uma Comissão para reivindicar do então Governador do Estado, uma
Escola de Segundo Grau em nosso Município. Eu participei da Comissão, embora
fosse bem adolescente ainda, mas somamos esforços e o governo, embora não
acreditasse que fosse possível, nos prometeu uma Extensão da Escola Normal
Colegial (Magistério) Padre Antônio Vieira, localizada na cidade de Santa Cruz
do Monte Castelo, localizada a vinte e dois quilômetros de Porto Rico.  Impôs _nos uma condição para que isso
acontecesse. Deveríamos conseguir o número mínimo de pré _ matrículas com
urgência e irmos até a sede da Escola Normal Colegial, convencer a Diretora que
sim, era possível o funcionamento daquela escola em nosso município.

         Como combinado, fizemos e a Escola com
todas as dificuldades de uma Extensão, começou a funcionar e eu matriculei,
entusiasmado com o ingresso no segundo grau, coisa que muitos companheiros
meus, talvez por preconceito, não abraçaram a nossa nova  conquista.

        Logo em seguida, talvez pelo meu
entusiasmo com a escola que acabara de inaugurar, fui convidado para lecionar
numa Escola na área rural.

       Aceitei. Com 17 anos de idade, apenas
cursando o Magistério, entrei no grupo de professor do município onde morava.

       (06:30) Seis e meia, entrava em uma
Kombi que fazia a linha, pela Br e nos deixava na beira do carreador. De lá,
até na escola, caminhávamos atravessando pastos, correndo de em quando, de
vacas bravas até chegar no destino. (Escola)

      Para não chegar no serviço todo sujo e
molhado pelo orvalho, tirava a roupa de trabalhar: calça, camiseta, tênis, e
guarda-pó e vestia outra roupa, calçando um bota de borracha e seguia em
frente.

      Comecei com uma sala lotada de alunos.
Tendo como clientela, alunos do primeiro, segundo, terceiro e quarto anos, na
mesma sala, éramos professor, diretor, coordenador, zelador e cozinheiro.
Somente as provas bimestrais eram aplicadas pela Comissão da Delegacia de
Ensino.

     Foram tempos difíceis, porém de grande
aprendizado, até que me formei e munido com o Diploma de Professor Primário,
fui convidado para trabalhar no Colégio Militar Castelo Branco, na Quinta
Companhia de Fronteira em Guaíra, Estado do Paraná.

      Trabalhei por quase três anos lá, talvez
por ser muito novo ainda, a notícia se espalhou pelo conesul  do então, Estado de Mato Grosso.

      Muitos convites surgiram para vir
trabalhar aqui no Estado. Dei baixa, em Fevereiro de 1.975, embarquei na Balsa
que travessa do Porto Guaíra até o Porto Frageli, onde desembarquei com Destino
a Porto Morumbi, onde assumi 44 aulas na Escola “Silo Vargas Batista”.

      Ali trabalhei até 1989, me mudando para
Campo Grande. Removido a pedido, ministrei 22 aulas na Escola Professora
Delmira Ramos dos Santos, na Coopavilla II e 22 aulas na Escola Professor
Sílvio de Oliveira, no setor 7, Aero Rancho.

     Em 1995, voltei para Eldorado, lecionando
44 aulas no Colégio Eldorado. Em 1997, entrei com o(PDV) Pedido de Demissão
Voluntária. Recebi o combinado, fiquei alguns anos tentando outras atividades,
das quais não me adaptei, embora as realizasse com conhecimento, talvez por ter
que ficar muito longe dos familiares. Voltando de passagem aqui em Paraíso,
onde passamos as festas Natalinas com nossos amigos: Professor Carmo dos Santos
Pinho, Professora Inês dos Santos Pinho e Professora Iorema Toigo.

        Entre uma cantoria e outra, um pedaço
de carne e uma boa conversa, surgiu aí, deles, que deveria vir para Paraíso e
esquecer a ideia de voltar para Peixoto de Azevedo, Mato Grosso havia arrumado
trabalho para eu, minha esposa, Donatila 
e mais alguns parentes e amigos.

       Foi feito o convite de virmos trabalhar
aqui na Escola Branca de Neve, da Professora Iorema, a princípio relutei um
pouco, por já ter firmado um compromisso de voltar para Peixoto de Azevedo,
assumindo um  concurso de 30 aulas e
gerenciando um escritório de Contabilidade, onde eu já estava trabalhando.

      A minha esposa, Donatila, ficou encantada
com a ideia e ficou logo apaixonado por Paraíso das Águas. Como um
empurrãozinho do Professor Carmo e sua esposa, Professora Inês, dia 24 de
Janeiro de 1999, cheguei de mudança em Paraíso e em seguida, iniciei o meu
trabalho como professor da Escola “Branca de Neve”.

     Fiz o concurso de 40 aulas e em Abril de
2.000, fui chamado para assumir o Concurso no Estado. Assumi o concurso na
Escola Estadual Vereador Kendi Nakai, onde aposentei  em 2010.

     Em 2.003 fui trabalhar na Escola do
Distrito de Bela Alvorada, fiz o concurso por Água Clara, assumi em 2.004, onde
trabalhei até a Emancipação Política Administrativa de Paraíso das Águas,
quando optei para transferir o meu Concurso para a Escola Lizete Riveli Alpe na
sede do município.

      Temos boas recordações dos tempos que
trabalhamos na Cooperativa, principalmente nas idas e vindas que fazíamos com
nossos carros, sempre fazendo troca de carro, mas passamos por muitos
perrengues, tais como: quebrar carros, estourar pneus e até incêndios e risco
de acidentes até em comum acordo, contratamos o Fernando Tozzo com sua Kombosa
e que fomos apelidados, pela turma da Kombi.

Quando fui
na trabalhar lá no Distrito, em 2003, na vaga do Gilson, já encontrei
trabalhando lá, Carmo, Ineizinha, Márcia Vida, Márcio e Josecarla. Depois
vieram, Rosiane, Luciane, Rosilda, Inês Pinho, Márcia Rodrigues, André, Carlos
(in memorian), Ana, Luciana, Valdilene, Benílson e a Fátima que também era
usuária da Kombi.

        Grandes companheiros de trabalho que
venho publicamente agradecê - los por me aturar nos meus momentos de
dificuldades, de crises por ter passado problemas na perda de meus familiares
(pai e mãe) e mesmo no meu jeito de ser, não tão compreendido por muitos. Esses
companheiros me apoiaram em todos os momentos e fizemos uma grande time, como
se fôssemos uma família.

     Me despeço aqui também dos professores da
Escola Lizete Rivelli Alpe, onde continuei a minha parceria com o Professor
Márcio Rogério, Diretor dessa Escola, por oito anos, com quem fiz sempre uma
parceria, desde os tempos da Escola Branca de Neve, Vereador Kendi Nakai e na
Escola Municipal de Bela Alvorada, por quase vinte anos, organizando e
participando das Festa Juninas, na Escola onde trabalhamos juntos e também nas
Formaturas, onde tenho orgulho de sempre lembrar que mesmo quando nem
sonhávamos em ser Professor no início, na criação desta Escola Municipal, onde
eu fui o primeiro Presidente da Associação de Pais e Mestres (A.P.M.) e trouxe
o meu companheiro para juntos realizarmos Festas para angariar fundos para a
Entidade e também nas Formaturas, não nos importando quem era o Prefeito e quem
era o Diretor da Escola ou Secretário de Educação, oferecemos  nossas caixas de som e contamos também com a
parceria de nosso grande locutor Fernando de Brito que nos honrou com sua
maravilhosa locução, isso sem contudo cobramos nem um tostão.

      Outros parceiros, tais como: o Saudoso
Luiz Carlos Araújo (in memorian) o nosso maior leiloeiro de nosso município
juntamente com o seu parceiro de dupla, o amigo Ronan Silva.

       Foram muitos que nos ajudaram, lembro-me
destes nomes, talvez por terem realizado um trabalho voluntário que foi
primordial no sucesso dos eventos.

      Finalizo agradecendo a todos os
professores, coordenadores, diretores e Secretários de Educação que nos
confiaram esse trabalho, onde pudemos contribuir para o grande sucesso dos
eventos realizados.

      Abraço a todos."

       

   

 

 

 

 

 

 

     

    









































































 




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