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Paraíso das Águas,18/04/2024

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    ICMS da gasolina: MS embolsa R$ 266 milhões em janeiro, mais que SP, MG e 13 Estados

    Montante arrecadado pela venda de combustíveis responde por um terço da receita do Estado com ICMS


    ICMS da gasolina: MS embolsa R$ 266 milhões em janeiro, mais que SP, MG e 13 Estados Em MS, alíquota do ICMS sobre a gasolina é de 30% (Foto: Leonardo de França/Midiamax)

    Somente em janeiro, o governo de Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 266,8 milhões em  (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda de gasolina e outros combustíveis nos postos. O valor supera o levantado por São Paulo,  e outros 13 estados no mesmo período.

    Os números são do boletim do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), colegiado ligado ao . Os dados apontam salto de 11% em relação ao arrecadado pelo governo sul-mato-grossense com  sobre combustíveis em janeiro do ano passado – R$ 240,4 milhões. Os valores ainda equivalem a um terço (33,19%) da receita em  para o mês.

    O governo de São Paulo acumulou R$ 239,6 milhões com o imposto neste primeiro mês de 2021. Apesar da população 15 vezes maior, o estado vizinho pratica alíquotas menores sobre os combustíveis. Enquanto o governo de Mato Grosso do Sul cobra 30% sobre a gasolina e 20% sobre o etanol, o de São Paulo fixa 25% e 13,3%, respectivamente.

    Já , com alíquotas de 31% na gasolina e de 16% no etanol, arrecadou R$ 149,8 milhões em  sobre a movimentação de combustíveis em janeiro.

    O vizinho ao Norte, Mato Grosso, somou R$ 244,2 milhões com o imposto. Lá, os motoristas pagam 25% de  sobre gasolina ou álcool.

    A receita do governo de Mato Grosso do Sul com o imposto em janeiro ainda supera a de outros 12 estados. São eles: Acre, Amazonas, , Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. Os números das demais unidades da federação ainda não estão disponíveis no boletim do Confaz.

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     ‘morde’ R$ 1,45 por litro de gasolina no Estado

    As alíquotas de  sobre a venda de combustíveis variam de 12% a 34% nos estados. No caso específico da gasolina, embora Mato Grosso do Sul não tenha o percentual mais agudo – o Rio de Janeiro pratica 34% -, a “mordida” do imposto estadual no valor pago pelo consumidor é uma das maiores do País. Isto porque o cálculo do  é feito em cima do PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final), média de preço praticado por estado e que é ajustada a cada 15 dias pelo Confaz.

    Segundo tabela da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) com base no PMPF vigente na segunda quinzena de janeiro, quem abasteceu com gasolina em Mato Grosso do Sul no período pagou R$ 1,451 por litro apenas de . O valor só fica abaixo dos praticados no Rio de Janeiro (R$ 1,687), em  (R$ 1,489) e no Piauí (R$ 1,476).

    Em São Paulo, onde o preço médio ponderado é quase 60 centavos inferior ao de Mato Grosso do Sul, a mordida do  ficou em R$ 1,062. Em Santa Catarina, o peso do imposto estadual era de R$ 1,087 até o fim de janeiro. No Acre e no Amapá, o  impactava em menos de um real por litro até duas semanas atrás.

    Governo de MS reajustou alíquotas em 2019

    A alíquota de  sobre a gasolina em Mato Grosso do Sul é de 30% desde fevereiro do ano passado, quando entrou em vigor o aumento proposto por Reinaldo Azambuja ainda em 2019. Até então, o percentual era de 25%.

    Na época, o governo defendeu a medida para estimular o consumo do etanol, cuja alíquota passou de 25% para 20%. O Estado é o quarto maior produtor de álcool do Brasil, atrás só de São Paulo, Goiás e .

    Mas a iniciativa não impactou significativamente no bolso dos consumidores. Segundo histórico da  (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do etanol nas bombas chegou a cair até maio do ano passado, impactado também pela queda na demanda devido à pandemia de covid-19. Mas, de lá para cá, a tendência é de alta.

    O estímulo também não foi sentido pelo setor sucroalcooleiro do Estado. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê um recuo de 18,8% no total de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol hidratado na safra 2020/2021 em Mato Grosso do Sul.

    Projeto muda forma de cobrança do  sobre combustíveis

    Na última sexta-feira (12), depois de passar dias requentando polêmica ao voltar a atribuir a culpa pelo alto preço dos combustíveis aos governos estaduais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para alterar a maneira de cobrança do ICMS sobre os combustíveis

    O texto propõe unificar as alíquotas em todo o País, com a incidência do imposto sobre a unidade de medida, o litro no caso da gasolina, do etanol e do óleo diesel. A proposta ainda atribui a definição do percentual ao Confaz e permite variação de combustível para combustível.

    O assunto é delicado para os governos estaduais e gerou atritos há um ano, quando Bolsonaro falou em zerar os impostos federais (Cide, PIS/Cofins) sobre os combustíveis se o mesmo fosse feito com o . Por isso, o projeto enviado pelo presidente pode não avançar.

    Na semana passada, o Fórum de Governadores se antecipou e pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que eventuais mudanças no  sejam tratadas apenas dentro da reforma tributária, e não em matérias separadas.




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