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Paraíso das Águas,19/04/2024

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    Paraíso das Águas fica entre os 5 melhores do Brasil em vigilância em saúde

    O levantamento e o destaque foi do Ministério da Saúde


    Paraíso das Águas fica entre os 5 melhores do Brasil em vigilância em saúde

    PARAÍSO DAS ÁGUAS - Mais uma vez Paraíso das Águas se destaca no cenário nacional em gestão, desta vez, em Saúde Pública.

    A homenagem foi realizada em uma cerimônia com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que primou pela primeira vez, "Municípios Destaque em Vigilância em Saúde".

    O prefeito municipal de Paraíso das Águas, Ivan da Cruz Pereira (DEM), o secretário municipal de Saúde, Ueder Pereira de Paula e a coordenadora municipal de Vigilância em Saúde, Juliana Silveira Zancanaro, estiveram participando da solenidade em Brasília (DF) recebendo o prêmio.

    Da região centro-oeste, Paraíso das Águas foi o único município destacado e homenageado.

    "É mais um marco na história de nossa gestão, vemos que estamos seguindo rumo certo, que as ações que realizamos com o apoio de nossa equipe e da população, têm trazido grandes resultados. Quero agradecer primeiro, a Deus, minha família, amigos, equipe de saúde, que está fazendo um belíssimo trabalho. Quando nossa equipe foi escolhida, sabíamos que entregaríamos uma missão árdua e difícil, mas com muita determinação conseguimos grandes conquistas e vitórias", destacou o prefeito Ivan Xixi.


    O secretário municipal de Saúde, Ueder de Paula, em contato por telefone, muito emocionado, falou que este é um dia marcante na sua vida, pois recebe o fruto de um trabalho reconhecido de verdade, em que com sua equipe, vêm trabalhando para a população com muito amor de dedicação. "Estou muito emocionado e até sem palavras, pois hoje, recebemos um dos prêmios mais importantes para uma gestão pública, que é a saúde de uma população, a vida das pessoas. Ao longo deste trabalho, viemos enfrentando muitos desafios, mas sempre Deus à frente, amor no coração e apoio de todos, estamos se destacando e queremos continuar sempre oferecendo o melhor de cada um de nós para a nossa população, que merece", destacou.

    A coordenadora Juliana Silveira, que também fez parte de todo este processo, na colaboração, empenho e muita dedicação, externou seu sentimento de orgulho e honra pelo reconhecimento. "Faço questão de agradecer a toda nossa equipe de Vigilância em Saúde, destaque e reconhecimento", enfatizou.

    DESTAQUE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE

    São cidades que conseguiram melhorar seus indicadores de saúde, como redução dos casos de sífilis em crianças menores de 1 ano e aumento da cura de casos de tuberculose.  A premiação ocorreu nesta quarta quarta-feira (4), em Brasília (DF), durante abertura da 16ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi).

    “O SUS, embora tenhamos que reconhecer alguns para dar luz ao trabalho, é um todo. As experiências que vemos andando esse país afora, por mais assimétrico, por mais difícil, por mais que muitas vezes encontremos falhas, jamais, em nenhum município brasileiro, deixei de encontrar alguém da saúde do SUS com o brilho nos olhos tentando, buscando apoio das secretarias estaduais e do Ministério que muitas vezes fica distante e que está procurando ter muito mais Brasil e muito menos Brasília para que o nosso SUS possa florescer”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

    Ao todo, o Ministério da Saúde premiou 15 municípios que apresentaram indicadores favoráveis nos sistemas de informação nacionais relacionados à vigilância de saúde, no período entre 2015 e 2017. Também foram consideradas as cidades que aderiram ao Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, de acordo com porte populacional e macrorregião. Os municípios que receberam o troféu chamado Lupa Dourada foram: Mondaí (SC), Carlos Barbosa (RS), Brusque (SC), Presidente Olegário (MG), Campos do Jordão (SP), Bragança Paulista (SP), Paraíso das Águas (MS), Nova Mutum (MT), Corumbá (MS), Governador Jorge Teixeira (RO), São Miguel do Guaporé (RO), Ariquemes (RO), Gurjão (PB), Parambu (CE), e Campina Grande (PB).

    A Expoepi é considerada o maior evento do país de vigilância em saúde, e deve reunir, entre os dias 4 e 6 de dezembro, cerca de 2 mil profissionais e gestores de saúde, além de estudantes e interessados no assunto. Durante os três dias da 16ª Expoepi serão realizadas palestras e reuniões técnicas com especialistas, além de exposições para troca de experiências em vigilância em saúde.

    "Hoje, aqui, quando vocês andarem pela Expoepi, pelos stands que estão maravilhosos, dinâmicos e interativos, vocês vão ver projetos para arboviroses; vocês vão ver a vigilância participativa, onde o cidadão fotografa, remete e a gente cataloga. Vocês vão ver a vigilância interagindo e trazendo soluções absolutamente fantásticas”, sinalizou Mandetta.

    3 MUNICÍPIOS ELIMINARAM TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV

    Ainda durante a abertura da Expoepi, o ministro da Saúde entregou para o município de São Paulo a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV. Com 12,1 milhões de habitantes, São Paulo é a cidade com maior população do mundo a receber tal título. Além de São Paulo, outros dois municípios brasileiros já receberam a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, quando o vírus é transmitido durante a gestação, o parto e a amamentação: Curitiba, em 2017, e Umuarama, em 2019.

    O Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão vertical do HIV é uma das seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas.

    AEDES AEGYPTI MONITORADO

    A Expoepi também possui um espaço dedicado ao Vigiarbo, que reúne iniciativas para monitoramento das doenças transmitidas pelos mosquitos Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) e Haemagogus (febre amarela).

    Até o momento, são sete subprojetos em andamento: mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia; mapeamento de áreas de risco de doença transmitidas pelo Aedes aegypti (Arboalvo); infecção de mosquitos por radiação para tornar o Aedes aegypti estéril (Projeto Inseto Estéril); rede de pesquisas para avaliação da doença chikungunya no Brasil (Replick); controle de vetores por meio das redes sociais (Observatório Dengue); e ações de controle de doenças e mobilização da população (Ecobiosocial).

    Outra estratégia que integra o Vigiarbo, chamada SISSGEO, consegue antecipar a chegada do vírus da febre amarela e deverá ser compartilhada com os países da América do Sul, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Trata-se de um aplicativo móvel, já disponível nas lojas Google Play e Apple Store, que permite que trabalhadores dos parques ecológicos, profissionais de saúde e a população em geral, relatem quando verem uma epizootia - alerta da circulação do vírus da febre amarela. Assim, ao ver um macaco morto, o cidadão pode tirar uma foto e enviar pelo próprio aplicativo. O celular captura a área geográfica que o macaco foi encontrado e permite mapear as regiões de abrangência a partir da base de vegetação do IBGE. Assim, avaliando os corredores ecológicos, consegue-se prever as próximas áreas de infecção pela febre amarela. Os macacos são importantes indicadores da presença do vírus.

    A região sul do país participou do projeto-piloto e, agora, a ideia é expandir para todo o Brasil.

    INDICADORES DE SAÚDE ACESSÍVEIS

    Ainda durante a abertura da Expoepi, foi lançada a plataforma integrada de vigilância em saúde, Ivis. O sistema reúne informações sobre 27 doenças e agravos, com o número de casos, óbitos e repasses financeiros de todos os estados e municípios do Brasil. A plataforma dará mais transparência às informações de cada localidade, possibilitando que o cidadão identifique qual é o principal problema de saúde do seu município e, a partir das ações realizadas localmente, saiba se os recursos financeiros estão direcionados a solucioná-los, como aumento nos casos de dengue ou tuberculose.

    O cidadão, profissionais de saúde e gestores do SUS também poderão comparar indicadores entre estados e municípios. A atualização dos dados será feita pelo Ministério da Saúde, de acordo com o envio das informações pelos estados e municípios.

    EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA PELAS LENTES DA VIGILÂNCIA

    Na abertura da Expoepi, foi anunciada também a fotografia vencedora da exposição “Pelas lentes da Vigilância – o SUS que construímos”, com fotografias que retratam as ações de vigilância em saúde pelo país. Os trabalhos serão expostos durante os três dias da 16ª Expoepi, além de poderem ser publicados em outros veículos de comunicação.

    A 16ª EXPOEPI

    Durante a 16ª edição da Expoepi serão discutidas, por exemplo, ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses, como dengue, Zika e chikungunya. Além disso, serão expostos trabalhos e experiências na área de vigilância em saúde para inspirar outras iniciativas. Para premiar as iniciativas exitosas do SUS na mostra competitiva, o Ministério da Saúde assegurou R$ 1,1 milhão. Ao todo serão premiados 45 trabalhos. Estes projetos concorrem a prêmios que variam de R$ 4 mil a R$ 50 mil. Os vencedores serão informados no encerramento do evento (06).

    A Expoepi foi criada em 2001 para divulgar e premiar os serviços de saúde do SUS em todo o país que se destacaram pelos resultados alcançados em atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e outros agravos de importância para a saúde pública.

    O evento promove ainda a atualização técnica e capacitação dos profissionais que atuam nos diferentes cenários de práticas do Sistema Único de Saúde. São organizados painéis temáticos e mesas redondas com convidados nacionais e internacionais.

    Por Natália Monteiro, Vanessa Aquino e Jéssica Cerilo da Agência Saúde




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