Produtos tecnológicos prometem eliminar o coronavírus
mpresas apostam em produtos do dia-a-dia capazes de eliminar o vírus da Covid-19 em até 2 minutos. Frota de ônibus de Guarulhos (SP) passa a contar com películas antivirais nas barras e acentos dos 858 transportes que circulam pelo município
A pandemia de coronavírus mudou a forma de viver do mundo inteiro, principalmente no que diz respeito a medidas sanitárias de segurança para evitar contrair a doença. Mas nem sempre o distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos são suficientes para se manter seguro quando o transporte público e hospitais brasileiros estão lotados. Pensando em aumentar a segurança da população, empresas de tecnologia no Brasil desenvolveram produtos para auxiliar no combate ao vírus da Covid-19.
A empresa plástica Extrusa Pack desenvolveu e doou uma película antiviral capaz de eliminar o Sars-CoV-2 para aplicação na frota de transporte público de Guarulhos, em São Paulo. O produto, que passa a ser encontrado nas barras e acentos dos 858 ônibus que circulam pelo município, foi desenvolvido com o aditivo britânico d2pAM, que impede a entrada do vírus na superfície. A película foi testada pelo laboratório da Unicamp, que comprovou a eficácia de 99% também contra bactérias e fungos
O produto mantém a eficácia nos ônibus enquanto o plástico durar, não necessitando de manutenção com álcool, por exemplo. E após o descarte, pode ser direcionado a reciclagem. “Ele é resistente, se colocado produto de limpeza o efeito do antivírus continua sendo eficaz. Só é necessário limpar para remover as sujeiras, como poeira, por exemplo”, explica a gerente comercial da Extrusa Pack, Gisele Barbin.
A companhia doou cerca de R$100 mil em películas e disse que por ter uma unidade localizada em Guarulhos, viu a necessidade de ajudar a população que utiliza o transporte público. “O número de contaminação aqui em São Paulo é muito grande e todos diziam: ‘o restaurante está fechado, mas o ônibus em movimento’. Então, tivemos a ideia de colocar no transporte público, porque já tínhamos o saco para lixo anti-covid, e vimos que dessa forma poderíamos contribuir para a sociedade”, disse Gisele Barbin.
Agora, a empresa pretende colocar o produto em linha comercial para que possa ser adquirido e utilizado em bancos de recepção, táxi e restaurantes, por exemplo.
Prata no combate ao coronavírus
Outros produtos desenvolvidos para combater o vírus da Covid-19 foram o composto químico denominado micropartícula de prata, que pode ser incorporado a roupas e máscaras de proteção e o plástico polietileno. Os dois possuem 99,9% de eficiência e capacidade de eliminar o vírus entre 2 e 5 minutos. As criações foram feitas pela empresa Nanox e possuem eficácia comprovada pela Quasar Bio, instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP).
Covid-19: plasma pode ajudar no tratamento de infectados
Senadores pedem votação do piso salarial de enfermeiros
Casos e óbitos por Covid-19 crescem em unidades prisionais
Os dois produtos têm como base a prata e são incorporados em diversos utensílios que já se encontram no mercado como embalagens, plásticos, tecidos, tintas, verniz, pisos e louças. O plástico polietileno pode ser usado também nos ares-condicionados de carros e ônibus. Já o plástico adesivo nos botões dos elevadores, corrimão de escola, máquina de cartão, carrinho de supermercado e mesas, por exemplo.
No caso dos tecidos, a propriedade bactericida foi desenvolvida para ter durabilidade nas lavagens, mas nenhum dos itens produzidos são soluções contra o coronavírus. “Não estamos prescrevendo o produto como solução, é um agregado à campanha de vacinação e distanciamento social, uso de máscara. É um adicional de segurança para não levar o vírus para dentro de casa e ter menos circulação”, destaca o diretor e co-fundador da Nanox, Daniel Minozzi.
Minozzi explica também como a prata funciona nos produtos de combate ao Sars-Cov-2. “Ela funciona como um mecanismo de ação de eliminação do microrganismo onde ocorre algo parecido com choque elétrico, que é uma troca de elétrons do elemento prata, como se fosse uma pilha. Quando o Sars-Cov-2 entra em contato com a superfície de micropartículas de prata tem-se uma inativação da membrana que envolve o RNA do vírus e então ele fica inativo e não consegue entrar no organismo.”
COMENTÁRIOS